Stress ou Estresse. Você está experimentando isso?
- Zaionara Gomes
- 31 de jul. de 2016
- 3 min de leitura

Hoje vamos conversar um pouco sobre um dos grandes “tomadores” da felicidade: o ESTRESSE.
Muitas pessoas usam a palavra Estresse para dizer: “estou estressado”, “meu chefe me estressa”. Mas na verdade, para entendermos do assunto, precisaremos compreender melhor o que nos estressa e como nos sentimos a respeito.
Então, podemos dizer que um evento, ou uma relação é um agente ESTRESSOR e você sente ESTRESSE como resposta a isto.
Podemos ter como exemplo, um profissional de limpeza de janelas de edifícios que se utiliza dos andaimes para executar suas atividades, para ele, trabalhar “pendurado” em grandes altitudes não lhe causa estresse, pois o mesmo não possui fobia de altura, mas para outras pessoas poderia ser um evento muito estressor. Ou seja, nem sempre o mesmo evento ou relação é um agente estressor para todos.
Definindo melhor, os estressores são situações que requerem adaptações maiores que acabam por nos sobrecarregar emocionalmente e psicologicamente. Nesta premissa, podemos também experimentar reações de estresse mesmo em situações positivas e consideradas felizes como por exemplo: mudar para uma casa nova, casar-se, ter um filho...pois são eventos que requerem uma adaptação bem maior ao nosso sistema psíquico e físico.
A resposta ao estresse, possui dois componentes: um psicológico e outro fisiológico. A nível psíquico, temos respostas como ansiedade e tensão. A nível físico, temos mudanças na pressão sanguínea (aumenta ou oscila), os músculos do corpo ficam mais tensos e a respiração pode ficar mais acelerada. Estas são reações típicas de um movimento de fuga ou luta, como por exemplo, se você estiver num safari e um leão vier correndo em sua direção, o seu cérebro vai buscar a melhor maneira de resolver isso, correr ou lutar... eu correria. Ou seja, o estresse é extremamente importante para nossa sobrevivência, é uma reação psíquica e física a teoricamente a eventos perigosos. Mas imagina você estar vivendo todas essas reações o tempo todo, todos os dias, todas as horas... nosso corpo e nossa mente entram em colapso.
Algumas teorias como a de Cannon- Bard e de James-Lang tentam explicar as nossas reações aos agentes estressores, e percebe-se que ambas são complementares, pois “os estressores podem estimular tanto respostas psicológicas e fisiológicas e, uma vez iniciadas, as respostas psicológicas e fisiológicas podem estimular umas as outras, assim intensificando e mantendo a estimulação geral”(1) . Ou seja, uma situação desagradável acontece, eu reajo de forma estressada, eliciando emoções como medo e ansiedade e eu busco resolver isso, fugindo ou lutando, este é um sistema que pode se retroalimentar, causando um desgaste físico e mental e perdurando por mais tempo do que deveria.
Na vida prática, isso se resume em tentar se adaptar ou ir embora. É o que muitas vezes acontece com pessoas que se demitem de empregos onde se sentem ameaçadas e infelizes, e também com pessoas que se separam por considerar a relação aversiva.
Para identificar se você está vivendo com estresse, observe se você está se sentindo mais cansado do que o normal, se sua memória não está muito boa, se sua criatividade diminuiu, se você já acorda cansado, se você já não consegue manter sua atenção focada por muito mais tempo e se você tem vontade de sair correndo pra bem longe com frequência.
Como podemos lidar com o Estresse?
Primeiro identificar o agente estressor, como por exemplo: a organização do seu trabalho, a forma do seu relacionamento com determinada pessoa, etc. A partir daí, você precisa ser verdadeiro consigo mesmo e optar pela adaptação consciente, aceitando os eventos ou mudando para algo que possa trazer menos estímulos estressores para você. E caso você escolha se adaptar ou fugir do evento estressor, a psicoterapia pode ajudar a você tomar consciência e buscar a melhor solução para este desafio.
A meditação, atividade física e boa alimentação também são ótimos recursos que ajudam a minimizar os efeitos do estresse. Mas cuidado: viver todo o tempo no estado de estresse pode lhe causar várias doenças, como cardiopatias, depressão, síndrome de bournout (esgotamento extremo físico e mental e que geralmente está relacionado a vida profissional) e até mesmo câncer.
Então minha dica é você se conhecer melhor, saber identificar suas habilidades e potencialidades e buscar o que realmente te estimula positivamente na maior parte do tempo!
Um grande abraço e até a próxima!
Zaionara Gomes
Psicologa e Coach
CRP 1090/ES
_____________________________________________________________________________
1. Holmes, David S. – Psicologia dos transtornos Mentais, Editora Artmed, 1997